O diferente e o diverso desde muito tempo tido como alguém que sempre era deixado a margem no seio das maiorias sociedades ocidentais. Em razão disso, é fato que a sociedade ocidental desde sua origem sempre se pautou na manutenção de determinados estereótipos que são usados como uma forma de controle dos corpos. Neste sentido, levar em conta tais isso abre a possibilidade para se pensar estratégias pedagógicas que interpelem as relações entre os corpos trazendo para o centro do debate questões relativas à cultura escolar e ao modo como diferentes discursos existentes no âmbito da educação e da ciência da saúde, implicam na construção de diferentes formas de se compreender a noção de deficiência e de corpos deficientes. Movimento esse que implica numa compreensão de corpo tida como inacabada e inconclusa que, numa disputa de posições entre aqueles que estarão ao centro e aqueles que serão colocados a margem. Daí a necessidade de se pensar numa pedagogia de caráter vital voltada para aqueles corpos que são deixados a margem por estarem marcados pela deficiência. Movimento esse que vemos realizar-se nesse conjunto de textos neste livro reunidos.