Métodos Participativos em Promoção da Saúde



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A leitura transversal dos textos permite-nos dizer que se trata de uma publicação cuja preocupação é conectar, é tecer redes que façam das políticas pró-equidade uma realidade efetiva no cotidiano de territórios e comunidades, é superar o “vazio que ainda persiste entre os princípios básicos do campo da Promoção da Saúde e sua institucionalização”. Para tanto, os conceitos interessam quando são ferramentas de construção compartilhada de sentidos, de governança democrática e de sustentabilidade da vida, das políticas e das ações. Trata-se menos de definições fechadas – já que a Promoção da Saúde é polissêmica e ocorre em multiníveis, e mais de ofertar tecnologias flexíveis para colocar em movimento, para a práxis. Nessa direção, considerando que a tríade território, autonomia e equidade articula aspectos centrais para a Promoção da Saúde (CASTRO, 2016), nada mais coerente, rico e potente que focar nos métodos participativos, apresentando várias possibilidades para que o leitor experimente, coloque na roda e ressignifique na singularidade de seu cotidiano. Aprendizagem Baseada em Comunidades, Aprendizagem Baseada em Problemas, Aprendizagem Baseada em Equipes, Fishbowl, Problematização, Método Bambu, Construção Compartilhada de Soluções Locais, Educação Popular em Saúde, Educação Permanente... Caminhos que se articulam na centralidade da relação de imanência entre saber-fazer, da ampliação da capacidade crítico-reflexiva, do fortalecimento de modelos de cooperação e corresponsabilidade e da imprescindibilidade do diálogo para a desfragmentação dos processos de produção da saúde, a ressignificação das relações de ensino-aprendizagem em todos os espaços educacionais e a ruptura com a naturalização dos mecanismos de vulnerabilização de sujeitos e comunidades e de padronização produtivista das políticas públicas. No limite, os autores retomam os ideários do Movimento da Reforma Sanitária brasileira e da Carta de Ottawa para reafirmar que à Promoção da Saúde e à democracia interessa que todos sejamos protagonistas na (trans)formação da sociedade e que Educação e Saúde são espaços de constituição de sujeitos políticos, competentes em comunicar, mediar, liderar, planejar, realizar, avaliar e mudar em todos os domínios da vida em “busca da felicidade e do bem viver”. Sujeitos cientes de que qualquer caminho em direção à felicidade, ao bem viver e à saúde exige romper com a lógica individualista, privatizante e intolerante, pois é na diversidade, no reconhecimento da existência do outro e no coletivo que superaremos a imensa complexidade dos desafios que se apresentavam no século XX e insistem em nos rodear no século XXI.


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