A mobilização social tem desafiado inúmeros estudiosos e a principal questão é recorrente: O que mobiliza ou propicia a visibilidade pública da ação coletiva? Quais são os interesses que mobilizam os coletivos humanos, em especial os ocorridos no Brasil durante os anos de 2013 a 2016? A reflexão das ciências sociais é fundamental para rumar ao tema: as manifestações sociais estão vinculadas às demandas relativas a uma heterogeneidade de bandeiras, inclusive às políticas públicas. As manifestações se organizam, em geral, com o auxílio das redes sociais: Facebook, Twitter, WhatsApp e Youtube, entre outras, o que corrobora as premissas da metodologia da ação coletiva. O presente trabalho está conectado, de alguma forma, com a minha trajetória acadêmica e profissional, enfoca grandes coletivos humanos. Como psicóloga, tive a oportunidade de trabalhar por mais de 30 anos com os pequenos grupos, tanto em sala de aula, como docente, quanto nas empresas públicas e privadas, como facilitadora de processos grupais. As relações de poder, reprodução das mesmas, assim como a construção de novas possibilidades com a intervenção de facilitadores, nestes grupos, foram analisadas em minha dissertação de mestrado: “Dinâmicas dos grupos como pedagogias culturais: uma análise das relações de poder e produção de subjetividades”.