O fim do presente



Grátis
Produto Digital

Autor:
Laura Cattani, Munir Klamt
Editora:
Névoa
Formato:
Livro Digital
Idioma:
Português
Edição:
1
Páginas:
80
Acabamento:
e-Book
Peso:
0.00

O título O Fim do Presente foi um empréstimo do nome de um capítulo de A ordem do Tempo, de Carlo Rovelli, no qual o autor nos explica que faz pouco sentido, em termos cósmicos, falarmos sobre um agora. O que existe são infinitas ilhas com bordas estreitas (claro, nos termos do universo) de um presente específico. Como se o nosso entendimento do presente fosse sempre parcial, e camadas e camadas se sobrepusessem em um turbilhão. Nos fascina pensar estes vários presentes ocorrendo simultaneamente. Leibniz dizia que este era um dos predicados de deus: pensar as infinitas configurações da realidade e escolher uma única, enquanto as outras seriam deixadas como fantasmas em sua imaginação. Fantasmas, no caso, é como chamamos muitas coisas, além das caricatas criaturas das histórias de horror, ou das figuras recobertas por lençóis: são estas formas de vida que nos moldam, são as vozes dos mortos que nos falam todo o tempo (esta língua que você lê é feita de romanos já decompostos), são seus desejos contraditórios e secretos, são seus deuses operando nos seus sucessos e infortúnios. São estes fantasmas que convocamos para O Fim do Presente. Neste livro, cada autor/a recebeu a imagem de uma das obras da exposição Tempo como Verbo (sem mais informações, quase como quem recebe uma carta anônima), que lhe serviu de ponto de partida para a criação de um conto. Esta operação deu-se como se fosse possível extirpar um instante, podá-lo e, cuidadosamente, enxertá-lo em uma nova realidade que gestasse outro passado e outro futuro. Assim, cada escritor/a animou a imagem que recebeu com uma nova história. Um solitário farol foi deslocado no tempo, anéis perdidos no mar foram urdidos com lembranças da infância, um breve romance envolveu uma musa com sapatos de gelo... Novas tramas foram tramadas, outros caminhos cruzados. Nos interessa apontar esta sobrevivência da imagem na corrente do rio do tempo: sua gana de existir e se propagar. O jogo oriundo de seus ecos, seus mal entendidos, malditos e epifanias é o que queríamos conjurar quando convidamos Vitor Diel para formar esta confraria: Atena Beauvoir, Davi Koteck, Jeferson Tenório, José Falero, Juliana Maffeis, Mariam Pessah e Taiasmin Ohmacht.


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