Depreciado por Platão, reabilitado por Aristóteles, o conceito de mimeses, ou imitação, desempenha um papel central no desenvolvimento da arte ocidental. Este volume acompanha as várias transformações do conceito, da Antiguidade até o século XX, passando por suas encruzilhadas mais importantes a Idade Média, quando sofre uma inflexão significativa, com a distinção entre natura e natura naturata o Renascimento, cujo neoplatonismo permite a um artista como Leonardo explorar empírica e matematicamente a natureza sem romper com o princípio da imitação e, finalmente, o Romantismo e a Modernidade que, recusando as antigas concepções, percebem a mimesis como um desvio da força criadora do artista, lançam mão de conceitos oriundos de várias disciplinas, tornando a apreciação da obra de arte uma operação de instigante complexidade.